domingo, 30 de setembro de 2012

RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO DO SETOR PRÉ-MATRIMONIAL

Durante o III Curso Arquidiocesano de Formação de Agentes do Setor Pré-Matrimonial, os agentes tiveram um momento reunidos em grupos para avaliarem o Setor Pré-Matrimonial. Eles puderam apresentar e debater quais têm sido suas maiores dificuldades e conquistas, o que precisa ser mais trabalhado, o que precisa melhorar, enfim.

Vejamos alguns pontos principais registrados e que teremos, todos juntos, como metas a serem atingidas:

1- Precisamos melhorar na unidade e cooperação mútua entre as comunidades e buscar maior apoio dos párocos, esclarecendo o que é a Pastoral Familiar e que trabalhos pode vir a desenvolver.

2- Ainda há resistências quanto às mudanças propostas, mas as melhorias devem ser conquistadas aos poucos e primando sempre pela qualidade.

3- É necessário que a Arquidiocese estipule um prazo para que todos os EPVMs sejam unificados com relação ao cumprimento do tempo de duração e da aplicação dos temas.

4- Criar um mecanismo de aproximação e maior integração entre as paróquias de uma mesma forania: montagem de planejamento conjunto para terem atividades integradas, como o Encontro de Namoro Cristão, por exemplo, e as épocas e locais em que ocorreriam os EPVMs, podendo preferivelmente se fazer um rodízio.

5- Além da integração entre as paróquias da forania também é preciso haver integração maior entre todas as pastorais com a Pastoral Familiar dentro de cada comunidade. A integração facilita e otimiza o trabalho e ajuda a suprir a falta de agentes.
6- Esclarecer como fica a preparação para a santificação de união de casais que já vivem juntos e querem receber o sacramento do matrimônio. Eles merecem uma atenção por sua realidade diferenciada dos casais de noivos que buscam o EPVM. Várias paróquias têm boas experiências que podem ser partilhadas. Durante a realização do Projeto do Pré-Matrimonial em 2009, este trabalho foi re-direcionado por uma questão de divisão de tarefas, para o Setor Pós-Matrimonial, mas acabou não constando do seu próprio Projeto.

7- Investir sempre mais na formação dos agentes para que cada comunidade possa ter palestrantes capacitados, cristãos que testemunhem solidamente a sua fé na vocação matrimonial e familiar. Para tal, estimular o processo de formação também nas próprias paróquias, orientando grupos de estudo mensais, por exemplo.

8- Cuidar não só da formação doutrinária, mas também espiritual dos agentes do Pré-Matrimonial e da Pastoral Familiar em geral.

9- Integração entre as atividades dos setores Pré, Pós e Casos Especiais. Por exemplo, em integração com o Pós-Matrimonial, encontros com pais dos noivos, com os pais da Iniciação Cristã; um trabalho de conscientização dos filhos quando o pai ou mãe contrai uma segunda união, juntamente com o Setor Casos Especiais.

10- Orientar a ampliar as equipes que já fazem ou querem começar a fazer o trabalho de auxílio na celebração do sacramento do matrimônio. Algumas sugestões são: agendar um atendimento personalizado aos noivos que vão se casr na paróquia agendando um dia para escolherem juntos as músicas, as leituras e a postura durante a celebração do sacramento. Recepcionar os noivos, pais e padrinhos no dia do Sacramento e auxiliar na cerimônia. Muitas paróquias também dão aos noivos uma Bíblia, entregue pelo Celebrante durante o cerimônia. É o presente da Igreja para a nova família cristã.

Vemos que sonhamos sonhos possívieis de serem realizados com nosso empenho e com a ajuda da graça divina! Todas essas sugestões e comentários serão repassados a Dom Antonio Augusto, nosso bispo animador e também a toda comissão arquidiocesana para análise e planejamento das nossas ações para 2013, para já começarmos a aparar as arestas.
Se puder, copie estes pontos, leve para sua reunião de equipe, leiam juntos, partilhem, debatam, nos ajudem encaminhando soluções, enriquecendo as reflexões... Não basta reclamar: é preciso começar a mudar!
Enquanto isso, queremos agradecer de coração a todos os que se doam (muitas vezes com "sangue, suor e lágrimas")  pela evangelização das famílias. Continuem acreditando e lutando por este ideal!
E continuem conectados conosco porque nossa próxima postagem será o resumo com os dados estatísticos e comentários da pesquisa realizada nas ruas durante as duas ediçõs do Curso do Pré-Matrimonial. Está curioso?? Então, não perca!

sábado, 29 de setembro de 2012

ESCUTATÓRIA

ESCUTATÓRIA ( Rubem Alves)

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de “escutatória”.
Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso não ter filosofia nenhuma”. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma”. Dai a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio [...], abrindo vazios de silêncios, expulsando todas as ideias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Ai, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades. Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou... Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade, eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: ” Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.” E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E ai, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio.
A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Ai, livres do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.
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Nota: Rubem A. Alves nasceu em Boa Esperança – Minas Gerais – em 1933. Estudou música e, teologia. Foi pastor numa igreja de Lavras, onde, de l958 a l964, conviveu com o povo, vivendo dores e alegrias dos outros. ” Assim vivem pastores protestante” e, imagino, sacerdotes católicos.” Fez seu doutoramento em Princeton, Estados Unidos. Escreveu diversos livros e continua a escrever e a fazer palestras. Ele, acima de tudo, é um poeta. Num livrinho precioso. Intitulado “O que é Religião” - com mais de dez edições -, ele diz concordar com Octávio Paz que escreveu :”A tarefa do intelectual é fazer rir pelos seus pensamentos e pensar pelos seus chistes”.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Orientações Práticas para a Escuta e o Acolhimento

A riqueza e a beleza do Espírito Santo são verdadeiramente sem igual. Nos dois cursos do Pré-Matrimonial, o tema do acolhimento foi desenvolvido de formas diferentes por Dom Antônio (cuja palestra está na postagem anterior) e pela csal Cacilda e Laércio, do Grupo "Mãos Dadas" da Paróquia São Francisco de Paula (Barra). Ainda dentro do tema do aconselhamento disponibilizamos as orientações práticas cedidas pelo casal, de forma adaptada a nossa realidade.
Fica, assim, esta proposta de trabalho para acolhermos e ouvirmos so jovens, que, muitas vezes, ficam perdidos como "ovelhas sem pastor."
  
As atitudes fraternas da escuta e do acolhimento, enquanto serviço religioso, precisam estar alicerçadas na Palavra de Deus e no cultivo da espiritualidade profunda, isto é, na intimidade com Deus, pois é o seu Espírito que nos inspira.
1. Nossa missão é ouvir com a disponibilidade de irmãos-amigos. Não somos terapeutas. Estes profissionais poderão ser acionados em tempo oportuno, se julgado necessário.
2. Antes de ouvir, faça uma oração inicial para que o Espírito Santo ilumine quem auxilia e infunda boas disposições no consulente.
3. Ouvir com atenção significa estar presente sem se dividir com o que se passa ao redor, com celular desligado e sem se distrair-se com outras preocupações.
4. É importante chamar a pessoa pelo nome, sem usar apelido. Isto o lembrará a ficar sempre atento à singularidade de cada sujeito e de cada caso.
5. Durante a conversa, não force interrupções que não sejam oportunas.
6. Evitem-se perguntas ditadas por mera curiosidade. Questione apenas sobre o que for relevante para a busca conjunta pela solução do problema.
7. Manifestar interesse e dar acolhimento não significa invadir e tentar convencer a pessoa de que já equacionou o problema e já sabe a solução. Esta deve ser descoberta pelo próprio consulente.
8. Procure identificar as questões principais junto com o irmão de modo que ele próprio encontre o melhor caminho. Em vez de diagnosticar, faça perguntas, cujas respostas possam abrir horizontes e possibilidades.
9. Nunca apele para a vontade de Deus, atribuindo a ELE o que não lhe é imputável.
10. Terminar o encontro com uma pequena oração, que pode incluir agradecimento, pedido de luz etc. Sem nenhuma obrigatoriedade, pode-se entregar uma pequena lembrança, que servirá de referência.

Agradecemos mais uma vez à gentileza e riqueza deste material que nos foi repassado por Cacilda e Laércio na Praça Seca, que complementa o que foi falado por Dom Antonio no curso de Copacabana. E nossa próxima postagem, atendendo a pedidos, será o texto da "Escutatória", de Rubem Braga, que fala sobre a arte de saber ouvir. Acompanhe-nos!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Palestra de Dom Antonio sobre aconselhamento

Conforme prometido, trazemos o primeiro material fruto do III Curso para agentes do Pré-Matrimonial. A palestra sobre aconslehamento do dia 22, em Copacabana, foi com Dom Antonio Augusto. Veja como foi:

Em nossa família, ambiente de trabalho e na pastoral há muitas ovelhas sem pastor. Os nossos caminhos tem curvas, montanhas, estradas planas... todos nós procuramos chegar a um destino. Sabemos que nosso destino final é o céu, mas em cada etapa da vida também temos pequenas metas. O importante é não sairmos do caminho. Mas há muitas pessoas desorientadas como ovelhas sem pastor.
E para sermos bons pastore, precisamos ser primeiramente boas ovelhas. Quem de nós nunca passou pela situação de precisar de alguém que nos escutasse? E quem de nos nunca pediu um conselho?
Gostaria de trabalhar a partir das quatro grandes interrogações da vida: Quem? Como? Por quê? Para que? Uma primeira grande desorientação é sobre a nossa própria identidade.
1. Quem sou eu?
2. Como me vejo?
3. Por que existo?
4. Para que existo?
Esses são os questionamentos mais profundos da nossa vida. Ora, só podemos ser bons pastores, se nós não formos ovelhas perdidas. Essas quatro grandes indagações precisam já ter sido respondidas em primeiro lugar, por nós mesmos.
 A primeira pergunta “Quem sou eu?” não precisa de “acidentes” como resposta, do tipo: sou médico, professora, dona de casa, sou vaidoso, generoso, etc... A resposta a essa pergunta é simples: eu sou um dom! Um dom, não um “dono”, pois não comandamos nada. Eu sou um dom de Deus, um presente de Deus para o mundo. Quem ainda não descobriu isso é ovelha perdida. Quando alguém nos apresenta um problema podemos aconselhar coisas úteis: “Controle-se.”, “Procurem uma terapia de casal.”, etc. Nada disso vai adiantar se essa pessoa não se descobrir como um dom.
Quantas vezes procuramos rotular as pessoas por traços que elas tem (é raivosa, é egoísta, é meu vizinho...), não, isso não é a nossa identidade. Somo imagem e semelhança de Deus que é amor. Como eu sou? Posso refletir esse amor no meu agir. Se eu sou um dom, eu tenho valor. Quantas pessoas se casam sem se conhecerem a si mesmas como realmente são. Se eu não descobri o meu valor, como serei capaz de reconhecer o valor do outro.
Devemos nós, ajudar os outros a perceberem que vivem conforme os seus valores. Uns vivem uma vida meramente consumista ou materialista, outros acham que valem por aquilo que fazem... Ou você pode descobrir que você vale aquilo que você é a não aquilo que você tem. O jeito que eu sou vai depender dos meus valores. Há pessoas que se identificam com aquilo que fazer e são tecnicamente muito competentes, mas humanamente são medíocres.
Quem quer saber porque existe, vai achar a resposta na sua vocação. Em 1980, João Paulo II disse em Curitiba: “Que quem ama, chama!”. Porque Deus nos ama desde toda eternidade, nos chamou à vida e a um caminho, uma direção de vida. É a vocação. A vida tem dois grandes tempos: o tempo de buscar a vocação e o tempo de viver a vocação. A vocação (inclusive ao matrimônio) não é escolha pessoal, não. É um chamado de Deus! Se eu sei que sou um dom, vou buscar um outro dom para mim. É como uma roupa sob medida feita pelo grande alfaiate que é Deus. É preciso ter uma certeza moral da vocação: Deus já nos dá sinais iniciais de que esta é a minha vocação, é o caminho que devo seguir na minha vida.
A descoberta da vocação, do chamado que Deus me faz, deve ter grande empenho na nossa vida. E na pedagogia divina a vocação normalmente se descobre na juventude. Muitos dos sinais da vocação dos filhos, chega pelo testemunho dos pais, especialmente na generosa distribuição da vocação matrimonial. Por isso, saiu no jornal que estamos na geração “nem, nem nem”: “nem estuda, nem trabalha, nem nada!”.
E para que eu existo? Para desempenhar uma missão. Cristo nos envia, a palavra: “missa” quer dizer “envio”. Eu tenho um papel a cumprir no estado de vida a que sou chamado. Tenho meu papel a cumprir na Igreja e no mundo. Quem não se interroga a partir destes quatro questionamentos. Essas são as raízes do grandes problemas pessoais, familiares e sociais. As pessoas se dariam muito melhor se tivessem consciência de quem são.
Quantas vezes damos mais valor às coisas que às pessoas. As baixelas de prata são guardadas e limpas com cuidado, mas como temos tratado as pessoas? Assim, também há tantos profissionais competentes nas suas empresas, mas que não tem manejo pastoral. Que pena... São pontuais no trabalho, mas sempre chegam atrasados para o jantar em casa... Não valorizam sua vocação matrimonial. Vivemos numa cultura de receitas. Em todos os sentidos, vejam quantas farmácias há em um quarteirão.
Os bons conselhos de nossa parte precisam vir a partir destas quatro realidades. Não existem receitas prontas para a felicidade. Mas se nos perguntamos o que falhou, talvez, de maneira bem simples possamos dizer: “Faltou alguém que desse um bom conselho!”. Se eu não existisse, não existiriam meu cônjuge, meus filhos... Eu existo para os outros. O Bom Pastor leva suas ovelhas para campos verdejantes, diz o Salmo 23. E aqui temos as quatro colunas para nos aprofundarmos e podermos aconselhar os outros. Assim, poderemos ser bons pastores. É útil darmos testemunho, mas muitas vezes, não é necessário.
Primeiro, precisamos ter boa formação da personalidade. A questão do aconselhamento poderia se trabalhada de muitas formas, mas esses quatro pontos parecem ser a base para tudo mais o que pode vir depois.

E nossa próxima postagem será com as dicas práticas dos serviços de acolhida e escuta trazidas no curso do dia 15 pelo casal Laércio e Cacilda, do Grupo Mãos Dadas, da Paróquia São Francisco Xavier. Fiquem ligados! 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Curso do Pré-Matrimonial (2)



Neste final de semana, aconteceu a segunda e última edição do ano de 2012 do Curso Arquidiocesano de Formação de Agentes do Setor Pré-Matrimonial. Ao todo 35 paróquias estiveram representadas, 18 na Praça Seca, nos dias 15 e 16, e mais 17 nos dias 22 e 23 em Copacabana. Ainda é pouco para ua Arquidiocese tão grande como  nossa... ano que vem esperamos atingir muito mais!
E por falar em Copacabana, os agentes começaram o dia com a pesquisa da realidade, saindo pelas ruas do bairro (e até na beira da praia!), entrevistando as pessoas sobre questões de amor, relacionamentos, namoro e família. Depois todo material foi recolhido e foi feito um debate que culminou com uma avaliação do que o Setor Pré-Matrimonial tem feito até agora, nossos maiors desafios e conquistas e como podemos crescer mais.
Na parte da tarde, Dom Antonio Augusto, com sua vasta experiência com direção espiritual, refletiu sobre a importância do aconselhamento. Em seguida, Tatiana e Ronaldo apresentaram dicas práticas do Grupo Mâos Dadas (da Paróquia Sâo Francisco de Paula - vicariato Jacarepaguá) sobre esta prática. Terminamos a tarde, aos pés do nosso Bom Pastor, com um momento profundo de adoração ao Santíssimo Sacramento, na Capela.

E no domingo, estávamos de volta à Paróquia Nossa Senhora de Copacabana que tão bem recebeu a todos, para aprendermos juntos sobre o Direito Matrimonial Canônico voltado para a formação dos noivos. Tatiana e Ronaldo, assessores arquidiocesanos, repassaram o conteúdo dos materiais preparado por Dra Sylma Dantas, juíza de Direito Matrimonial Canônico, e por Maria José Macedo, da secretaria executiva da Pastoral Familiar da Arquidiocese, pós-graduada em Direito Matrimonial, e com a presença de Fernando e Conceição, coordenadores arquidiocesanos da Pastoral Familiar.

E, ao final, ainda tivemos a chance de nos confraternizarmos no delicioso e animadíssimo almoço italiano promovido pel Paróquia, num colégio próximo.
Vejam mais fotos na parte final do nosso blog!
Pelas avaliações recolhidos nos dois cursos deste ano, já temos um parâmetro bom do que podemos melhorar ainda mais para 2013. Afinal, este curso acabou e já estamos pensando no próximo! Buscando trazer novos temas e atividades para nosso programa de formação permanente. E, no ano que vem, contemplaremos os vicariatos oeste, leopoldina e urbano como locais escolhidos para a realização do curso (que é extensivo a todas as paróquias da Arquidiocese - lembramos!).
As dicas sobre o aconselhamento trazidas pelos casal Cailda e Laércio, o resumo da palestra de Dom Antonio, os resultados finais da pesquisa realizada nas ruas e o relatório final dos debates em grupos, avaliando o Setor Pré-Matirmonial, tudo isso será colocado aqui, no nosso blog do Pré-Matrimonial ao longo detsa semana. Fique conectado com a gente!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Curso do Pré-Matrimonial (1)


A Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração recebeu primorosamente o casal de assessores arquidiocesanos, Ronaldo e Tatiana, e os mais de sessenta agentes que participaram do III Curso Arquidiocesano de Agentes do Setor Pré-Matrimonial deste ano.

Além dos agentes, também os seminaristas da Filosofia 1 do Seminário São José que estão nestes dois meses fazendo seu estágio na Pastoral estiveram presentes.

A temática do Bom Pastor foi explorada em três aspectos associados à nossa prática com os jovens: o acolhimento, a misericórdia e a orientação para a Verdade.

O curso proporcionou um momento de avaliação e reflexão do Setor Pré-Matrimonial na Arquidiocese na parte da manhã do sábado, com atividades e propostas bem concretas. Após o almoço delicioso oferecido com todo carinho pela Paróquia, a reflexão foi conduzida pelo casal Cacilda e Laércio, da Paróquia São Francisco de Paula, que nos apresentaram a importância da escuta. Eles passaram toda a sua experiência com o grupo “Mãos Dadas”, que já funciona na Paróquia há muitos anos.

E no domingo pela manhã, o curso fechou com “chave de ouro” com a palestra de Sylma Dantas, juíza do Tribunal Eclesiástico, explicando e tirando dúvidas sobre os aspectos jurídico-canônicos do Sacramento do Matrimônio. Veja mais fotos na nossa galeria, no final do blog.
Uma oportunidade riquíssima de formação! E na semana que vem tem mais! O mesmo curso será repetido na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, no próximo final de semana, dias 22 e 23. Inscreva-se pelo pastoralfrj@gmail.com.

domingo, 9 de setembro de 2012

Encontro para estudantes


A congregação das Servas do Espírito Santo promoveu no final de semana de 07 a 09 de setembro um retiro de formação com 60 estudantes vindos de cada um de seus colégios espalhados pelo Brasil. Adolescentes e jovens do 9o ano e do ensino médio aqui do Rio e de cidades como Brasília, Curitiba e outras, se reuniram no Instituto Geremário Dantas, no Campinho, para refletirem sobre os temas de formação da juventude expostos no Documento 85 da CNBB.

O casal de assessores arquidiocesanos do Setor Pré-Matrimonial, Tatiana e Ronaldo, foi convidado pelo Diácono Hélio e sua esposa Márcia, coordenadores do evento, para pregarem sobre o tema "Juventude e Família".

Uma oportunidade sem igual para anunciar a beleza e grandeza da família, dom de Deus! 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Seminário de Bioética para Jovens

O Seminário Nacional Juventude e Bioética que terminou, em Brasília, no dia 15 de julho com a palestra do assessor da Comissão para a Vida e Família da CNBB, padre Rafael Fornasier. Em sua colocação, o assessor forneceu pistas de ação para que os jovens possam, em sua realidade, levar a postura da Igreja sobre a defesa da vida.
Inicialmente, padre Rafael apresentou como a Igreja tem dado a contribuição quando reforça a Palavra de Deus, o cuidado com o próximo, a educação para a vida e o amor e o protagonismo de todos os católicos nesta defesa. Ao citar a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Papa Paulo VI, o sacerdote enfatizou a importância da presença dos leigos e que eles podem falar também em nome da Igreja contra as formas de atentado à vida.
Cultura de morte
Antes de fornecer as pistas de ações concretas aos jovens, padre Rafael traçou um panorama do contexto atual de cultura da morte e citou alguns de seus elementos:
- Ideologia eugenista, em que os “diferentes” devem ser eliminados, com base na teoria de que apenas os "perfeitos" devem viver. Tal concepção fundamentou a ideologia nazista e uma das máximas criadas foi o jargão “Vidas que não devem ser vividas”. Inicialmente, favoreceu a eutanásia e, depois, a ideia da superioridade da raça branca.
- Ideologia de gênero: distinção entre o biológico e social. Ou seja, o sexo ou as características físicas com as quais o indivíduo nasceu não determinariam a atuação ou o modo de ser na sociedade.
- Utilitarismo, consumismo, hedonismo: hoje, as questões de bioética estão muito ligadas a estes conceitos no sentido de questioná-los. Tais conceitos apresentam, segundo o assessor, um forte cunho econômico e uma busca de uma liberdade deturpada e de um prazer exacerbado.
O sacerdote apresentou ainda as questões em voga da bioética, como aborto, controle de natalidade (métodos contraceptivos), reprodução assistida e pesquisas com células-tronco. Além destas, o assessor destacou também realidades como a disseminação da Aids, homossexualidade, pesquisa com seres humanos, prostituição, eutanásia, tráfico de pessoas, desequilíbrio ecológico, com o objetivo dos jovens tomarem consciência do seu campo de ação na sociedade atual.
Pistas de ação
“Isso deve nos interpelar a atitudes concretas”. Foi com este alerta que o assessor ressaltou a necessidade do protagonismo leigo e de ações efetivas na defesa da vida, como a cobrança juntos aos Três Poderes para que atuem em favor da vida e da família. Neste ponto, o sacerdote apontou como as três esferas parecem não caminhar juntas, como se vê em certos casos, atualmente, com a sobreposição do judiciário sobre o legislativo.
Ao recordar ideias que afirmam ser hipocrisia a proibição do aborto e das drogas porque limitariam uma suposta liberdade, o assessor questionou apontando que, se formos seguir esta linha, também seria hipocrisia ter as leis de trânsito, jáque muitos morrem no trânsito, ou leis punitivas dos assassinatos pois muitos matam todos os dias.
“Nem tudo o que a lei diz para fazer é moralmente lícito”.
Foi a partir desta afirmação que padre Rafael Fornasier deu pistas de ação pastoral e social para que todos se empenhem contra as leis abortistas e posturas que violam a vida humana. Entre as indicações de ações estão
- a coleta de assinaturas para aprovação do Estatuto do Nascituro; acompanhamento dos procedimentos legislativos e dos julgamentos no STF;
- criação e promoção de associações de família, pró-vida, juristas (âmbito civil) e de médicos;
-  criação e promoção de comissões de respeito, promoção e defesa da vida;
- formação de programas de acolhida e acompanhamento em favor da vida (exemplos: CAM, Projeto Raquel, Sonho de Mãe, Fazenda da Esperança).
Um outro ponto de destaque a ser empreendido pelos jovens é a formação contínua, através de documentos e do Catecismo da Igreja, cursos em seminários e institutos, além de grupos de estudo.
(Fonte: www.cnbb.org.br)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Juventude e Família


A Paróquia São José, em Barros Filhos (vicariato Suburbano) está promovendo uma série de eventos em preparação e animação da juventude para a JMJ Rio 2013. Um deles aconteceu na última semana de agosto: foi um tríduo, fechando o mês vocacional.

O último dia foi dedicado ao tema: "Juventude e família". O casal de assessores arquidiocesanos do Setor Pré-Matrimonial, Ronaldo e Tatiana, foi convidado a pregar sobre o tema abordando questões como o valor do matrimônio e da família, conflitos entre as gerações, maturidade nos relacionamentos, o namoro e a família que quero construir para o meu futuro, etc... Eles tomaram como base a dimensão psicossocial do Documento 85 da CNBB, que trata da juventude.

A noite de formação, que começou com uma celebração de entronização da cruz, símbolo maior da JMJ, foi concluída com adoração e bênção do Santíssimo. Momentos inesquecíveis ao ver os jovens com velas acesas, simbolizando sua fé, adorando a Deus de joelhos em torno do altar.

Com um acolhimento carinhoso do Padre Vicente, o pároco, e da coordenadora da Iniciação Cristã, Rosalian, além de toda a juventude e famílias ali presentes, a comissão arquidiocesana agradece a oportunidade, e convida outras comunidade a seguirem este exemplo.

sábado, 1 de setembro de 2012

205º EPVM - Paróquia NS Loreto


No dia 18 de agosto aconteceu o encerramento do 205º Encontro de Preparação para a Vida Matrimonial da Paróquia Nossa Senhora do Loreto, em Jacarepaguá, com duração de seis sábados de 18h30 ás 21h.
Durante o EPVM os noivos assistiram vídeos, palestras, testemunhos de casais da comunidade, bem como participaram de momentos de oração e dinâmicas, algumas colhidas no blog da Pastoral Familiar. Tivemos também a oportunidade de receber os seminaristas, que visitaram nossa comunidade para realizarem estágio pastoral e conversaram com os casais sobre a importância dessa preparação, para que a escolha pela vocação do matrimonio seja consciente.
Segundo os noivos o EPVM, por ter uma carga horária bem dividida, permite que eles reflitam sobre os temas abordados a cada sábado, assimilando melhor sobre a importância desse sacramento que eles estão recebendo. Além disso, agradeceram o carinho e o acolhimento dados pela equipe.
Dia 01 de setembro iniciaremos o 206º Encontro de Preparação para a Vida Matrimonial, que será o quinto EPVM do ano.
Sonia e Augusto
(Paróquia Nossa Senhora de Loreto - vicariato Jacarepaguá)