terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Afetividade e Sexualidade


O que é a SEXUALIDADE? “ A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade de corpo e alma. Diz respeito à afetividade, à capacidade de amar e procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão de criar vínculos de comunhão com os outros.” (Catecismo, 2332)
Como pudemos observar a sexualidade engloba todos os aspectos da vida humana, e não apenas o sexo, como freqüentemente é a idéia que o mundo nos impõe. Ela tem relação com a capacidade do ser humano, herdada de Deus, de amar e dar amor.
Faz parte da minha sexualidade, por exemplo, o cuidado que eu tenho com meu corpo em termos de saúde, a minha vaidade, o meu namoro, noivado ou casamento, a minha relação com os amigos e a família, etc. Logo, todas as pessoas desenvolvem ao longo da vida variadas áreas da sua sexualidade:
* Aqueles que praticam a castidade (os sacerdotes, os religiosos e os leigos solteiros): através do amor próprio e busca do equilíbrio interior e exterior.
* Os casados: pelo amor conjugal.

A lei natural e a lei do amor
A Lei Natural (ou Lei de Deus) é o conjunto de princípios estabelecidos por Deus Criador e que rege toda a natureza com sabedoria, equilíbrio e perfeição, enfim.
Ao criar o homem e a mulher a sua imagem e semelhança, Deus os dotou do dom de exercerem sua sexualidade e perpetuar a espécie humana de modo especial através do AMOR LEGÍTIMO. Isto significa que o relato bíblico de Gn 1, 28a: “E Deus os abençoou, e disse: ‘Crescei, e multiplicai-vos, e enchei a Terra inteira’ ” mostra o sexo não como um puro instinto como nos outros animais. O amor predileto de Deus por nós fez com que a união do casal não seja “em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal.” (Catecismo 2361). Deus os une no matrimônio como comunhão de corpo e espírito, em um amor legitimado por Ele.
Já a lei do amor é o pensamento do amor humano em sua imperfeição e relatividade diante dos valores divinos absolutos.
Muitas vezes, as pessoas se deixam guiar por seus pensamentos e desejos falhos sem dar importância a ordem natural dos fatos. Assim, muitos desvios são cometidos em nome de um “amor” que escutamos e vemos todos os dias na televisão, cinema, nas conversas. Um sentimento que é limitado, egoísta e até mesmo temporário quando parece possuir a melhor das intenções.
Com esta falsa idéia de felicidade é que adolescentes conhecem o sexo sem preparo, meninas se tornam mães solteiras, muitos casamentos são frustrados e etc. Afinal, a felicidade plena entre homem e mulher só pode acontecer em comunhão com o amor de Deus.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Enamorar-se.... e amar


Por: Ana Patricia Vera (psicoterapeuta)

O enamoramento é… etapa de sonhos, sorrisos, ilusões e sensações agradáveis. Etapa necessária para começar uma relação a dois, mas o que é, na verdade, o enamoramento?
Acontece pela projeção de si mesmos, dada pelas duas pessoas envolvidas, tanto consciente como inconscientemente. É ver no outro o que eu gostaria de ter, ou não vejo em mim e o outro tem; assim como o que eu não gosto de mim e o outro tem.
Na verdade, no princípio do enamoramento, não posso ver no outro alguma coisa que eu mesmo não tenha, mas é a pura projeção de minha pessoa, da qual formo uma imagem psicoafetiva do outro. Esta imagem que eu formo do outro se focaliza somente na parte positiva, introduzindo um mecanismo de defesa chamado “negação”, que evita os aspectos que não me agradam de mim mesmo e, portanto, não vejo no outro, considerando-o como o alvo de minha felicidade, pelo que me dá, pelas sensações que produz em mim ao tê-lo perto, assim como ao receber detalhes de atenção e afeto.
Depois de um tempo, o enamoramento acaba e baixa o nível de sensações produzidas na pessoa por estar perto do outro ou, inclusive, simplesmente por pensar nele ou nela. Passa-se a ver o outro tal como é, com suas qualidades (antes, superdimensionadas) e seus defeitos (antes não vistos). Rompe-se esta imagem que tinha sido criada do outro e chega a dúvida: “Fiz uma boa escolha?”; ou chegam as mágoas porque “o outro me enganou”, ao mostrar algo que, na verdade, não era. Com certeza, esta primeira imagem era tão somente UMA imagem, a projeção positiva de mim mesmo, mas não era a outra pessoa.
A maturidade no amor se reconhece quando uma pessoa é capaz de se relacionar de maneira completa, aceitando os sentimentos positivos e negativos gerados pela pessoa real do outro, com sua personalidade específica, sendo maior a satisfação de se relacionar por este lado positivo que o outro tem e que agora eu também vejo. Implica, da mesma maneira, a aceitação de minhas próprias qualidades e defeitos que agora também o meu parceiro(a) pode ver e, até mesmo, faz com que eu as veja com mais claridade, permanecendo a satisfação de se relacionar pelos aspectos positivos.
Laing menciona que é preciso ter um sentimento sólido da realidade de nossa identidade para poder estabelecer uma verdadeira relação com o outro e não se sentir ameaçado de ficar perdido. Se não houver essa base de maturidade na própria pessoa, a relação será superficial e será escolhido alguém que não exija tampouco um amor profundo, pulando muitas vezes de uma relação à outra, na procura constante desse momento que conhecemos como enamoramento.
O amor, ao contrário do enamoramento, que procura me fazer sentir bem, tem outro objetivo: conseguir que o outro seja como é e seja o melhor que possa ser; produzindo em mim um sentimento de plenitude ao ir crescendo com o outro, apesar das dificuldades que vamos encontrando.
Enamorar-se é lindo; mas amar e ser amado é ainda mais.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


ESCOLA SEMEAR DE LIDERANÇA JOVEM

A ESCOLA SEMEAR DE LIDERANÇA JOVEM abre inscrições para o ano de 2010.
Para melhor alcançar os jovens, a escola é dividida em módulos que em sua maioria serão ministrados durante a noite (a partir das 19:30h) e no período de férias escolar. Cada módulo corresponde a um tema e é sempre acompanhado de uma dinâmica própria que, além de potencializar a formação, faz da escola uma oportunidade única e extremamente participativa.
O Jovem que se inscrever, deve se comprometer com fidelidade para com a freqüência nos módulos e a participação nas dinâmicas. As inscrições podem ser feitas através:
- do e-mail: comunidade.pequenorebanho@yahoo.com.br
- pelo telefone: 3352-5950 (a partir das 15h00)
Lembramos que as vagas são limitadas. Abaixo segue os módulos e o calendário da escola:



O jovem discípulo (19h30)
18, 19 e 20/01 - seg a qua
Jovem protagonista da história (19h30)
26 e 27 /01 - ter e qua
Apostolado Jovem
29/01 - sex 19h30
30/01 - sáb 8h30 às 16h00
31/01 - dom 8h30 às 16h00
O jovem anunciador (19h30)
02 a 05/02 - ter a sex



Comunidade Católica Pequeno Rebano - Travessa da Generosidade, 162 – Vila da Penha – Rio/RJ.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O PROCESSO AMOROSO

Poderíamos assim definir as principais características do amor conjugal.

- Caráter integral – amar é uma dinâmica que movo o ser humano como um todo, em seus aspectos fisco, psíquico e espiritual.
- Caráter integrado – amar é um processo de unidade, que cria a harmonia do diverso, de duas biografias que se combinam e elaboram uma co-realidade de vida.
- Caráter de autorealização solidária – o ser humano só se realiza amando, pois o amor gera ma identidade relacional com Deus, com as pessoas e com a natureza. Doar-se ao outro é o que nos realiza.
- Caráter sexual – a corporiedade é parte constitutiva do nosso ser que nos permite expressar afeto de forma material, concreta. E na dualidade corpórea, no encontro complementar com o outro nascem a harmonia da própria identidade, a conjugabilidade e a fecundidade.

A estrutura e a dinâmica do processo de formação do amor conjugal podem ser comparadas com as etapas da vida de uma pessoa.


PROCESSO VITAL
infância
juventude
idade adulta
PROCESSO AMOROSO
ENCONTRO
PROVA
FUNDAÇÃO

A FASE DO ENCONTRO (Namoro)
Essa primeira fase se caracteriza pela predisposição fundamental, pela novidade e pelo descentramento. Cada um desses elementos pode durar segundos ou anos.

Predisposição fundamental – é a percepção de si e do sexo oposto como potencial de possessão. É um período altamente influenciável e, por isso, passível de educação.

Descentramento – é a vontade da própria intimidade que quer sair de si para estar com o outro. Daí vem a necessidade do contato físico.

Novidade - é a viagem ao interior de si e do outro, num processo em que ser quer conhecer e ser conhecido.

Todos esses elementos requerem muita energia por parte dos enamorados, o que deixa de lado a preguiça e gera, basicamente, quatro dinâmicas:

1 – união (necessidade de estar com a pessoa amada)
2- exclusividade (entrega de um ao outro)
3- totalidade vital (querer a todo o tempo e com todas as forças)
4- fecundidade (criação de novas realidades

Um grande risco é confundir a etapa do enamoramento com todo o processo amoroso. Ela é imprescindível, mas insuficiente e limitada. Nessa etapa a aparência física atrativa é preponderante e confunde boa aparência com bom caráter. Se os elementos dessa fase se cristalizarem corre-se o sério risco de um egocentrismo narcisista, em que eu simplesmente me projeto no outro e não o vejo côo ele é, ou de uma apropriação em vez de doação, o que faz com eu sempre procure novos relacionamentos para renovar indefinidamente essa sensação inicial.
É preciso uma vontade treinada, que não obedeça apenas os sentimentos, mas que os governe. Assim, será possível passar, por um ato consciente e voluntário para o segundo estágio.

FASE DA PROVA (noivado)
É o tempo de avaliação da viabilidade do compromisso mais sério que permita a fundação de uma família, de uma vida em comum, ou seja, da construção do “nosso”. Caracteriza-se pela intenção e o consenso.

Intenção – é a projeção de uma estrutura para o futuro. É uma postura ativa, baseada na vontade e não nos sentimentos. Da intenção virá a decisão de passar pela prova da exclusividade total

Consenso – consensualidade significa unidade do consentimento e da vontade dos participantes num fenômeno único. Entendimento, ponderação e harmonização são fundamentais.

É normal que surjam dúvidas nessa fase. Elas não indicam necessariamente falta de amor, mas percepção do real e busca da verdade. Não nos esqueçamos que é um período transitório que, quando bem vivido, converge para um maior grau de conhecimento recíproco e vontade ativa suficientes para a fundação matrimonial. As maiores falhas podem ocorrer devido à imaturidade do processo decisório (egoísmo, interferência de terceiros...), à infidelidade, ao erro de percepção do outro ou à sobegação de inforaç4oes sobre si mesmo.


FASE DA FUNDAÇÃO (Matrimônio)
Ao se conscientizarem de suas reais possibilidades os noivos passam à fase fundacional, criando uma nova identidade: esposo-esposa. A distinção entre as uniões de fato e o matrimônio está justamente no momento fundacional. O consentimento ou pacto conjugal é o que estabelece o vínculo, independentemente da vontade dos cônjuges.
O verdadeiro matrimônio caracteriza-se por:
- Decisão voluntária e livre
- Entrega plena e recíproca
- Abertura à fecundidade

A doação conjugal consiste na doação indivisível, exclusiva e irrestrita de si mesmo, com todos os seus dinamismos.

(Baseado no curso “Expectativas e Realizações no Casamento”, AFEF – Associação de Formação Educacional e Familiar)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CURSO PARA AGENTES DO SETOR PRÉ-MATRIMONIAL


Na barra lateral do nosso blog, você poderá fazer o download da ficha de inscrição e o folheto explicativo do curso de agentes do Setor Pré-Matrimonial. O curso será oferecido em duas datas e locais diferentes para melhor se adequar a disponibilidade das paróquias.

Não deixe de participar! As vagas são limitadas, por isso é fundamental fazer inscrição prévia.

As atividades e temas estão sendo cuidadosamente preparados para ajudar na grande necessidade de formação permanente dos agentes, com ênfase às particularidades do Setor Pré-Matrimonial e acontecendo num final de semana (sábado de 08h30 às 17h e domingo de 08h30 às 12h30).



CURSO DE AGENTES DO SETOR PRÉ-MATRIMONIAL

Escolha uma das datas e locais abaixo


27 e 28 de fevereiro

Paróquia Bom Jesus (Penha)


ou


06 e 07 de março

Paróquia São João Batista (Botafogo)


terça-feira, 27 de outubro de 2009

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 7

“Casamento e família em busca de uma espiritualidade sadia, forte e encarnada” (Dom Antonio Augusto Dias Duarte)



Disse Madre Teresa de Calcutá, no Congresso das Famílias de 1980:

“Quando olhamos à nossa volta vemos tanto sofrimento, tanta injustiça, tanta amargura, e tudo começa na família. Posso até estar enganada, mas creio que todos os distúrbios existentes acontecem porque há distúrbios na família. Se o amor realmente começa em casa e, se nos amamos uns aos outros, então haverá paz.
E aqui vem um fato que é realmente comovente. Nunca esquecerei uma noite em que um homem veio à nossa casa e disse: “Há uma família hindu com oito filhos. Estão há muitos dias sem comer. Façam alguma coisa por eles.” Peguei um pouco de arroz e fui vê-los.
Quando cheguei à casa, situada na periferia da cidade, pude ver os rostos famintos das crianças. Seus olhos brilhavam de fome. Dei o arroz para a mãe. Ela o pegou, dividi-o em duas metades e saiu. Fiquei com as crianças. E quando ela voltou perguntei aonde tinha ido. Ela me deu uma resposta muito simples: “Eles também têm fome. Os nossos vizinhos aí ao lado, uma
família muçulmana, estão há dois dias sem comer. ”
Ela sabia que eles também estavam passando fome, e, apesar da sua própria fome, apesar da fome dos seus filhos, teve amor e coragem para compartilhar. Não me surpreendeu que ela tivesse dado a metade a eles. O que me surpreendeu foi o fato de ela saber que seus vizinhos passavam fome.”


E nós? Conhecemos realmente o próximo? Temos prestado atenção nele? Se quisermos se realmente portadores do amor de Deus e proclamarmos sua Boa Nova ao mundo, à sua própria família e também um ao outro temos que seguir a Palavra de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.” (cf. Jo 15).
Fomos criados para amar e ser amados. Deus não precisaria criar nada. Cada coisa e pessoa criada é um bem, um dom gratuito, fruto do seu infinito amor. E, a partir do momento que uma pessoa é concebida, estamos diante de um bem divino. O filho é um dom para o casal. E esse dom vem, porque antes Deus já havia dado outro dom à mulher, que é o marido. N casal, um é um dos de Deus para o outro. E o filho é um dom para ambos. E esse Deus que ama é o mesmo Deus que chama: chama à santidade.
No Encontro Mundial das Famílias, no dia 14 de outubro do ano de 2000, em Roma, João Paulo II dizia que: “Os filhos: a primavera da família e da sociedade”. Podemos interpretar “primavera” com o sentido de renovação, mas também no sentido de primeira verdade da família, o primeiro sinal do amor esponsal. Quem é o primeiro filho no casamento? O marido. E a primeira filha? A esposa. Por isso, o ato sexual, até mesmo nos dias inférteis, pode ser fecundo se gera mais laços de amor. Inclusive após a menopausa, continua sendo um ato unitivo e procriativo nesse sentido. Isso reflete positivamente: os bons filhos, serão excelentes maridos e pais. E continua o papa:

“Não são precisamente os filhos quem examinam continuamente os pais? Não só com os seus freqüentes “por quês?”, mas também com o seu rosto. Às vezes sorridente, às vezes velado pela tristeza. É como se todo o seu modo de ser refletisse uma interrogação que se expressa de formas diversas, inclusive com seus caprichos, que podem incluir pergunta como essas: “ Mamãe, papai, vocês me querem? Sou de verdade um dom para vocês? Vocês me acolhem pelo que eu sou? Vocês se esforçam por buscar sempre o meu verdadeiro bem?”

Qual seria, então, o maior bem para os filhos? VER A SANTIFICAÇÃO DE SEUS PAIS NO AMOR CONJUGAL. Exemplos disso, encontramos nos pais de Santa Terezinha do Menino Jesus, que já foram beatificados e o casal Paquita e Tomás, que estão em vias de santificação. Em sua oração para devoção privada, lê-se:

“Deus Pai, que enchestes de graças os teus servos Paquita e Tomás, para que vivessem cristamente o seu matrimônio e suas obrigações profissionais e sociais, envia-nos a força do amor, para sabermos difundir no mundo a grandeza da fidelidade e da santidade matrimonial, digna de glorificar os teus servos. E concede-nos, por sua intercessão, o favor que pedimos(...) Assim seja.”

Exemplos como esses provam que o amor dá coragem suficiente para compartilhar uma vida e um destino, como também dizia Madre Teresa. E esse amor que mostramos ao mundo, é o sinal visível do amor invisível de Deus. Esse amor casto, fiel, singular, fecundo constitui a matéria da santificação do casal.
Sem dúvida, uma das formas mais eficazes de alimentar e fazer amadurecer o amor conjugal é pela Eucaristia. Ao se doarem um ao outro integralmente, o casal repete o gesto de Cristo pela humanidade: “Isto é meu Corpo que será entregue por vós.” A Eucaristia fecunda a Igreja e o mundo, alimenta-os com todos os dons, principalmente, o da unidade. Dela vem todas as graças necessárias para nos santificarmos.
O amor, a doação total do ser e do poder ser (ou seja, de todas as nossas potencialidades) é o melhor método de planejamento familiar. É o amor esponsal que, como um maestro, vai regendo todos os instrumentos da orquestra da vida: os instrumentos profissionais, sexuais, psicológicos, etc.
Na encíclica Deus Caritas Est, Bento XVI ressalta que o amor entre o homem e a mulher é o arquétipo de todos os tipos de amor, do que é verdadeiramente o amor, por excelência. O verdadeiro amor se reconhece com um paradoxo evangélico: só se é verdadeiramente feliz quem é capaz de renunciar á própria felicidade, por amor a Deus e ao outro. “Quem quiser ganhar sua vida, vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por causa de mim, vai ganhá-la.”, disse Jesus. Renunciar não significa uma anulação, mas uma revisão nas prioridades: em 1º lugar está Deus, em 2º lugar, o outro, e, em 3º lugar, eu. E este outro, engloba, sem dúvida, a família: primeiramente o amor exclusivo ao cônjuge, seguido do amor pelos filhos.
Não viver a castidade matrimonial é pecar não apenas contra o 6º, mas também contra o 7º mandamento, porque você usurpa aquilo que é do outro por direito. Ainda o papa Bento XVI, na encíclica Caritas in Veritatis, uma carta de assuntos econômicos, mas que diz no seu primeiro capítulo:“Antes de dar ao outro o que é meu, eu devo entregar ao outro o que é dele.” Ou seja, antes de dar ao outro o que é meu -- o que seria uma prova de doação total – eu preciso dar-lhe o que é dele por direito! Viver um planejamento familiar de forma egoísta é roubar o direito de se viver a paternidade e a maternidade responsáveis, por exemplo. Negar ao ato íntimo sem um motivo justo, usar pílula, camisinha, fazer laqueadura é apropriar-se do seu corpo, que não lhe pertence mais: pertence ao outro!
O ato conjugal bem vivido não só é lícito, mas também é santo, nos une mais a Deus. Não é única via de santificação do casal, mas com certeza, é a que reflete de modo mais concreto a entrega de um ao outro, como a de Cristo por sua Igreja. A vivência da castidade, nos impele todo o tempo a nos questionarmos: “Até onde podemos ir?”
Devemos ter a coragem de ser santos e propor a santidade aos jovens. Devemos ter o amor e a coragem para compartilhar, para sermos mestres de santidade para nossos filhos.


(Notas dos assessores arquidiocesanos Ronaldo e Tatiana)
MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE O CONGRESSO NOS SITES:

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 6

“Sexualidade e Planejamento Natural da Família” (Ciro e Luciana Nakashima)
Nos tempos de hoje percebemos um fechamento à vida, com a ideia de “Família pequena, família feliz.”.Esquecemo-nos do que nos ensinam Jesus e a Sua Igreja e, ao primeiro sinal de dificuldades, corremos o risco de embarcar em qualquer doutrina. (cf Ef 4,14). É numa sociedade assim que criamos nossos filhos: entre “falsas verdades” que vão contra a Verdade.
A quem temos recorrido para tirar nossas dúvidas sobre a sexualidade? Com quem temos buscados conselhos? Os próprios fariseus hipócritas foram até Jesus (cf. MT 19,10). Claro que o fizeram para tentá-lo, mas... e nós? Temos buscado a Jesus sinceramente? Jesus responde a eles, voltando ao “princípio”, às origens. Sigamos esse mesmo caminho:
Gn 1,26 narra que a nossa matéria vê da íntima relação entre a Trindade: somos dela imagem e semelhança. Da Trindade recebemos a capacidade de amar, assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo a possuem de modo perfeito.
Gn 1,27 mostra que Deus formou o homem e a mulher. Viver esta complementaridade é um grande desafio. São corpos e psicologias diferentes, mas só na relação com o outro, o diferente é que encontramos verdadeiramente a integralidade da nossas natureza humana.
Gn 1,28 nos ensina a gerar a vida e a estarmos abertos à transmissão da vida. Primeiramente, o relato bíblico nos remete à afetividade. Só agora é que é mencionada a genitalidade. Isso nos serve como uma grande lição em nossas vidas para não invertermos a ordem das coisas. (cf. Catecismo 2363, Humanae Vitae 12 e Familiaris Consortio 28-35). A relação sexual verdadeiramente prazerosa é aquela quem vem precedida pelo amor. Esse é o caminho para um prazer existencial.
O ser humano em cada relação sexual é chamado não apenas a gerar filhos, mas também fazer o outro crescer enquanto pessoa, gerar a presença de Deus entre os dois. Já no que tange a transmissão da vida, os filhos têm o direito de serem fruto do amor conjugal dos seus pais e de serem respeitados e cuidados desde a concepção.
Comparemos as fisiologias masculina e feminina.
O homem tem os órgãos genitais para fora do corpo o que favorece seu reconhecimento e toque, e produz milhões de espermatozóides diariamente por toda a vida. O homem tem grande concentração de tecidos erógenos no pênis e produz grandes quantidades de testosterona que é o hormônio do impulso sexual. Vejam como é trabalhoso para um homem ser santo!
A mulher tem boa parte dos órgãos genitais para dentro, o que parece influenciar até mesmo no seu comportamento, que parece querer que o homem “adivinhe” o tempo todo côo se sente. Ovula apenas uma vez ao mês até começar a menopausa e tem tecidos erógenos espalhados pelo corpo em pequenas quantidades em 500 pontos diferentes. É capaz de produzir testosterona durante todo o ciclo menstrual o que faz com que ela também possa ter prazer não apenas quando está no período fértil.
Todas essas descobertas nos levam a ver como a ciência quando comprometida com a ética pode ser bastante libertadora. Afinal, mesmo com todas essas diferenças, assumir a missão do matrimônio passa por uma escolha consciente do casal, pois somos seres livres e racionais.
Gn 2,24 retoma o projeto de Deus para o casal: ser um em tudo, ou seja, a comunhão total.
Gn 2,25 nos leva a refletir se ainda temos alguma vergonha, algum segredo escondido do nosso cônjuge. Tenho me doado integralmente? Se temos algo que nos envergonhar em nossa vida matrimonial é porque perdemos a visão do plano original de Deus. Nossa meta deve ser sempre o modelo perfeito do amor trinitário.

“No casamento, a cisterna do amor se esconde em Deus.” (João Mohana)

(Notas dos assessores arquidiocesanos Ronaldo e Tatiana)

sábado, 24 de outubro de 2009

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 5

Os métodos naturais de planejamento natural da família, com especial atenção ao Método de Ovulação Billings (MOB)


“Quando uma coisa é nova, as pessoas dizem “Não é verdade!”. Quando a verdade e constatada, as pessoas dizem: “Não é importante!”. Quando sua importância não pode ser negada, as pessoas dizem: “Não é novidade”.
(William James)

Não se sabe ao certo quando se deu a descoberta de que a mulher tem períodos de fertilidade e infertilidade. Num escrito de Santo Agostinho de 388, ele critica os maniqueus que usava este conhecimento para evitar ter filhos.
Em 1905, Theodore Van de Velde descobre que a mulher ovula apenas uma vez ao mês. Em 1930, John Smulders cria o método do ritmo, o primeiro método natural de planejamento natural. Hoje ele só tem valor histórico, mas serviu de base para o que viria depois. Posteriormente, Pe. Wilhelm Hillebrand cria o método da temperatura basal, usado hoje como apoio.
Existem, atualmente, outros tipos de métodos naturais (sintotérmico, dos dois dias, de lactação e amenorréia, etc) mas sem dúvida, o principal métodos de planejamento natural da família é o METODO DE OVULAÇÃO BILLINGS (MOB), desenvolvido pelo neurologista John Billings a pedido de um padre de Melbourne. O médico associou a presença do muco cervical em seus diferentes tipos com a ovulação. Com a colaboração de centenas de voluntárias que aceitaram participar da pesquisa, obteve-se um padrão. Os estudos que se seguiram mostraram que algo tão simples, poderia ser plenamente confiável e aplicável. A partir daí, ele estabeleceu o MOB e criou mais tarde a WOOMB, organização internacional do método.
O MOB é um processo educativo, um estilo de vida que melhora a vivência sexual do casal. Seu uso é simples, pois não requer nem mesmo escolaridade e gratuito. Ele é uma prova científica de que Deus pensou no planejamento natural da família e deixou gravado no corpo da mulher como buscá-lo de forma consciente através da fertilidade combinada:
Fertilidade masculina - produção do esperma que se inicia na puberdade e perdura por toda a vida
Fertilidade feminina – inicia-se na puberdade, é cíclica, dura cerca de cinco dias num mês e termina com a menopausa
O MOB pressupõe que a mulher conheça o funcionamento do seu próprio corpo. Ele pode ser usado para:
- adiar um gravidez
- conseguir uma gravidez
- monitorar a saúde reprodutiva da mulher
Para conhecermos bem o método é necessário distinguir os diferentes tipos de muco cervical que mudam conforme o ciclo ovulatório da mulher:
MUCO G – bloqueia a cérvix. No microscópio não apresenta cristalização, é bastante celular e aparece antes e depois da ovulação.
MUCOS P e L – causam uma sensação mais pegajosa. No microscópio tem padrão de samambaia a 90º. Atraem os espermatozóides de baixa qualidade para eliminá-los.
MUCO S – prende os espermatozóides fortes para guardá-los e nutri-los até a ovulação. No microscópio forma canais paralelos e provoca uma sensação escorregadia. Está presente antes e até três dias depois da ovulação.
MUCO P – tem aspecto de samambaia a 60º. Libera o tampão que fecha a cérvix e conduz os melhores espermatozóides para o útero. Deixa uma sensação escorregadia, mesmo que não seja visível.
A partir desse reconhecimento, derivam as regras de aplicação do MOB quando se deseja adiar uma gravidez. Para se obter uma gravidez é só segui-las ao contrário:

REGRAS DOS PRIMEIROS DIAS
1ª regra – evitar relações sexuais durante o período de menstruação.
Durante esse período, além de o sangue poder ocultar a presença de algum muco, o jato do esperma em sentido contrário ao fluxo sanguíneo pode até contribuir para provocar ou agravar a endometriose.
2ª regra – quando, nos dias após a menstruação, não for identificada a presença de muco, as relações sexuais podem acontecer em noites alternadas. Assim, há um intervalo para que a mulher se observe durante o dia, enquanto está ativa para ver quando o muco começará a aparecer.
3ª regra – Se houver alguma mudança (seja presença de muco, sangue, etc) é preciso esperar e observar. Se o padrão de ausência de muco retornar, volta-se a regra 2.

REGRA DO ÁPICE
Depois de reconhecido o dia ápice por meio da observaç4ao do muco, contar 1, 2, 3 dias e a partir do 4º dia as relações sexuais estão liberadas à qualquer hora do dia, até que um novo ciclo recomece.


Apesar de ser um método científico, ele é de facílima compreensão. Num estudo feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 5 países, usando amostragens de diferentes extratos sociais, constatou-se que 94% das mulheres foram capazes de perceber o seu padrão de fertilidade após uma sessão de ensino.
A transmissão pedagógica MOB pode ser feita usando desenhos rudimentares, símbolos que façam, parte do dia-a-dia da mulher: elementos da natureza como água, flores, etc. Sugerimos ainda o material produzido pela Fundação Família das Américas ou o livro de Melita Caio “A Natureza nos Ensina a Conhecer a Ferilidade”, bom incluisive para se rusado com adolescentes.
Entretanto, não basta ensinar o método de planejamento natural da família se o casal não for generoso e aberto à vida. O método é apenas um aspecto dentro da ampla dimensão da paternidade e maternidade responsáveis.
O nosso dever é divulgar, mostrando as contribuições que o MOB traz para a saúde da mulher e o relacionamento conjugal. Devemos estar também preparados para responder às críticas de forma positiva. Se alegarem que..
“... é difícil” – qualquer mulher, mesmo as iletradas podem aprendê-lo e usá-lo
“... as mulheres com ciclos irregulares não podem usá-lo” – o MOB adapta-se a qualquer tipo de ciclo porque só depende da observação do muco cervical
“... a abstinência é anti-natural” – as pausas para descanso fazem parte dos ciclos da natureza.
A mulher tem a fertilidade nas suas mãos! A motivação para o uso dos métodos naturais virá para o casal que tem a sua consciência formada e para quem quer algo melhor para si e o seu cônjuge. Podemos agir como:
Divulgadores:
- O divulgador dá palestras, encaminha ao atendimento, vai aos colégios, comunidades, etc
- Faz o elo de ligação entre os que querem se tornar usuários e um instrutor.
Instrutores:
- O instrutor precisa ter uma formação especializada. Precisa ser: convicto, tranqüilo, atualizado, sigiloso, apaixonado pela vida, organizado nos registro, fiel ao método.
É bom que haja profissionais da área da saúde, especialmente ginecologistas, incorporados às equipes de planejamento natural da família para dar mais segurança e credibilidade.

(Síntese das notas dos assessores Ronaldo e Tatiana, das conferências dadas por Heloísa Pereira, Dr. Mario e Patrícia Juruena e Márcia V. Silva)

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 4

“Os princípios doutrinários da Humanae Vitae” (Pe. José Rafael Duran)



Paulo VI sempre teve uma postura muito dialogal com o mundo em todos o seus escritos e o faz também na Humanae Vitae (HV): ela está dentro de uma perspectiva muito clara sobre a vida e a conjugalidade, que são os princípios doutrinários da encíclica. Para compreendermos bem o que isso significa é preciso sensibilizar-nos com o conteúdo da HV.
O amor conjugal é humano, singular, exclusivo sem ser particularizante, fiel (assim como Deus é fiel) e fecundo, isto é, uma experiência aberta à vida. Há 41 anos, a HV escandalizou (e continua escandalizando) o mundo porque veio com a proposta de fidelidade no amor singular e experiência conjugal aberta para a vida.
O contexto da HV é necessário para compreender essas relações:
1968, três anos após o Concílio Vaticano II com sua eclesiologia nova: algo determinando para o surgimento da HV, especialmente pela Lumem Gentium e Gaudium ET Spes. 1968 foi um ano controvertido, marcado por estados totalitários, pelo surgimento de novas tecnologias que questionam a vida e amor, pela busca do “mundo livre”, a mentalidade do “é proibido proibir”, paz com anarquia, novas correntes teológicas... A vida humana foi questionada e dentro dela o amor e especialmente o amor conjugal.
Dentro desse panorama da época e do que temos hoje, podemos nos questionar:
- A HV é infalível? Sua infalibilidade atinge os corações dos cristãos?
- Por que o Magistério precisou definir alguns pontos essenciais sobre a vida conjugal?
- Existem fundamentos bíblicos para tal?
- Como ela nos remete a Gaudium et Spes?
A HV é clara, acessível, familiar. A Igreja apresenta um caminho a seguir para os casais e apresenta aos pastores um rumo a tomar. Apresenta a fidelidade e o irrenunciável valor da indissolubilidade conjugal.
O histórico que precede a HV pode ser definido como o seguinte, dos pontos de vista teológicos e dogmáticos:
- Desde o Concílio Fiorentino (1438-1445), lança a bula “Pro Armenis”, declara abertamente sua preocupação com os nascituros e o direito à vida. Cita Tertuliano: “Niguém pode deixar de ser aquilo que é e será.”
- O Concílio Tridentino (1545–1563) em seus documentos destaca cinco pontos fundamentais:
1. Todos os seres humanos são feitos á imagem e semelhança do Criador. Portanto, somos criaturas em nossa substância e essência.
2. Estamos em íntima relação com o Criador, o que nos diferencia das demais criaturas como pessoas.
3. A experiência de ser pessoa para com o Criador nos dá o direito de nascer, o que não pode ser por ninguém impedido.
4. Todos têm o direito de nascer e serem amparados.
5. Essa tutela deve ser responsabilidade dos familiares.
- O Papa Sisto V: escreve sobre a impotência masculina e o uso de veneno contra os nascituros.
- O Papa Gregório XIV: escreve contra o que impedem a fecundação no útero.
- Leão XIII: resgata a origem, a finalidade e grandeza do matrimônio
- Casti Conubii (1931), de Pio XI, dentro do seu contexto (e não da sua teologia), pode ser a antecessora da HV. Pio XI situa a encíclica diante de duas preocupações: o divórcio e os filhos. Mostra o valor da indissolubilidade.

A CONJUGALIDADE NA HV:
Podemos rever o acolhimento aos casais em segunda união, mas não podemos perder o foco. Não podemos perder esse grande valor, especialmente investindo na preparação ao matrimônio, que é a referência e o amor de Cristo pela Igreja (Ef 5,32; Gn 2,24), que é um amor que não abandona. A indissolubilidade não é ocasional, mas faz parte da nossa relação com Deus, é a base do amor conjugal, da vida íntima dos casais e do bom exemplo que os casais dão aos seus filhos. Um casal que compreenda vivencie e assuma a indissolubilidade compreenderá que Cristo estabeleceu conosco uma aliança eterna.
A encíclica também trata do bem da fé: a mútua fidelidade e a unidade no contexto matrimonial. Só aquele que tem fé, que acredita em Cristo e na Igreja é que pode compreender o que é a indissolubilidade e bem viver a beleza do matrimônio. Quem não tem fé, viverá o matrimônio apenas como um contrato. Matrimônios sem fé, nunca deveriam ter existido. Sem a experiência de Deus, um homem e uma mulher viverão qualquer tipo de relação menos a da perfeita unidade. A unidade do casal é absoluta e irrenunciável.
Quais são as vantagens da indissolubilidade dentro do princípio doutrinário?
1. A estabilidade absoluta do vínculo é sinal de perenidade
2. É ela que dá alicerces para a vivência da castidade, sólido baluarte de defesa contra as tentações.
3. Concorre para aumentar a dignidade dos cônjuges como pessoas pelo mútuo auxílio e cooperação na busca dos bens mais altos. Se a esposa não for digna do marido e o marido não for digno à esposa, eles poderão viver um contrato, mas não uma experiência conjugal.

A VIDA NA HV:
O primeiro bem do casamento são os filhos. “Crescer”, no sentido bíblico, é dar a vida. Todos os outros povos tinham medo dos israelitas pela velocidade e generosidade com que se multiplicavam. O Rhuá divino estava no meio do povo de Israel, comunicando vida. A ordem de Deus para a procriação é que todos o honrem, o conheçam, o amem e gozem o céu (I Ts 5,14). Que os casais tenham a coragem de dizer: “Queremos casar para dar a vida nova a este mundo!”
É fundamental citar também a Gaudium et Spes. A sua atualidade mostra a todos nós como a comunidade dos fiéis de vê se encarnar no mundo de hoje, com especial destaque para os números 13, 16 e 22. O Capítulo I promove a dignidade do matrimônio e da família. Ele elabora em seis pontos o que vamos resumir em três:
- A salvação da pessoa: o embrião é pessoa humana, o anencéfalo é pessoa humana, o deficiente é pessoa humana, cada um de nós é pessoa humana. A salvação da sociedade deve estar ligada ao bem-estar da comunidade conjugal. Ela passa necessariamente pelo encontro dos cônjuges porque é daí que vem a vida da pessoa. Não podemos falar de um Brasil melhor sem bons cônjuges. Eles nunca deixarão de ser um ponto essencial na história da salvação. Não há um só pedaço da historia da salvação em que não apareça a figura conjugal, sustentada pelo amor de Deus.
- Essa realidade divina é obscurecida e ameaçada pela poligamia e pelo divórcio. Muitos ainda não compreenderam a verdadeira proposta do amor conjugal.
- Promover a dignidade do matrimônio. O matrimônio não é cruz, nem loteria, mas ua opção a uma experiência transcendental. Por isso, tem bases divinas a partir do termo aliança
A santidade do matrimônio e da família aparecem na GS e na HV (1 a 6). Mostram como os cônjuges devem viver ao lado dos seus filhos as experiências:
- da santidade
- do serviço
- da indissolubilidade
- da consagração conjugal
- do testemunho de vida na educação dos filhos
Deus, sendo fiel, conta conosco que somos infiéis. Ele nos acolhe e ao fazê-lo também nos convida à acolhida ao seu projeto. A HV mantém a ordem clara da vida e do bem da prole. A procriação regulada é um problema moral. Não nos esqueçamos de que a vida é um bem inalienável.
Como relfexão final, sugerimos a leitura da HV 14.


(Notas dos assessores Ronaldo e Tatiana)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 3

Métodos Contraceptivos x Planejamento natural da Família (D. Antônio Augusto Dias Duarte)

A Igreja é perita em humanidade e muito do progresso que ela já conseguiu foi graças a isso. E ao passo de Deus de Deus (e não ao dos homens), ela anuncia Deus feito homem e, a partir desse referencial, anuncia ao homem o que é ser homem. Devemos ter muito orgulho de ser Igreja que é esta mãe que nos gerou para Deus. Devemos mostrar aos outros a beleza da nossa mãe. E não supervalorizar os seus defeitos (que, de fato, não são propriamente da Igreja, mas nossos), pois essa atitude não faz bem nem a ela e nem á humanidade.
Não vivemos num mundo ascético. Somos filhos da nossa época e herdeiros das épocas passadas. Além de sermos filhos da Igreja, somos herdeiros das seguintes correntes que deixam em nossa mentalidade marcas bastante profundas:
1) Iluminismo – damos muito valor á nossa própria inteligência, por isso, achamos que temos sempre razão.
2) Positivismo – quando se exalta a razão, a verdade predominante é a científica, ou seja, só tem valor aquilo que pode ser comprovado por nossa inteligência prodigiosa.
3) Idealismo – a razão deve ser a determinação dos nossos atos. Portanto, o que eu penso é o ideal.
4) Marxismo – prega um regime materialista e ateu, já que, acima da razão nada mais existe.
Todas essas filosofias geraram nos seres humanos um processo de autonomia diante...
... da fé (Iluminismo),
... da ética (Positivismo),
... da verdade (Idealismo)
... e de Deus (Marxismo)
A Igreja não ficou imune. A Teologia da Libertação foi um exemplo dessas influências. Precisamos ter bem claro de que a consciência, quando bem formada, pode fornecer boas regras para a ação humana, mas a regra absoluta é Deus! Ele é a verdadeira referência!
O vértice dessa herança é a absolutização do ser humano (“Sereis como deuses...”). O homem passa a ser o criador. Ele pensa ser o único ator e espectador dos seus ator, mas, na verdade, é usurpador do poder de Deus.
Nenhum de nós está igualmente imunizado contra esses pensamentos. Somos mais ou menos atingidos pelo “Tsunami” da civilização que ataca principalmente a família, e mais ainda, o seu núcleo: a aliança matrimonial.
Uma aliança divina e humana em que o homem se compromete com a mulher, a mulher com o homem e os dois com Deus. Essa aliança é anterior a todas as outras e dela dependem a estabilidade familiar, a justiça, a paz, a harmonia da sociedade... Ela é fator decisivo para o progresso da humanidade. Pela união matrimonial o casal se torna uma só força, um só projeto de vida, uma só luz a iluminar este mundo envolto em trevas
Isto nos convida, então a pensarmos sobre um PLANEJAMENTO NATURAL E SOBRENATURAL DA FAMÍLIA. Nosso exemplo é o próprio Cristo, que se intitulou Caminho, Verdade e Vida. O Caminho de Jesus começou na aliança matrimonial de Maria e José, porque o ventre de sua mãe se abriu à Verdade, que gerou a Vida do Filho de Deus! Cada casal é chamado a ser continuador e anunciador dessa trilogia sobrenatural.
Nesse sentido vemos que o os métodos contraceptivos não atacam diretamente a vida, mas oi ato que é capaz de gerar a vida. Um exemplo disso, é o “coito interrompido” que, mesmo sem usar nada de artificial, não é nada natural.
Todos os métodos contraceptivos não são condenáveis simplesmente por um antagonismo Bem X Mal, mas porque, em sua natureza, promovem a separação “daquilo que Deus uniu” (cf. Mt 19), ou seja, dissociam o amor da vida! É preciso mostrar a verdade. Isto não é condenatório, mas esclarecedor: quem o usa pode ter o perdão de Deus, mas não podemos esconder que são pecados mortais, porque vão frontalmente contra a ordem divina “Uma só carne...”.
O médico Luiz Décourt, em seu escrito “A Dimensão Humanística” em uma citação nos diz:
“Para encontrar uma [a verdade científica], assim como para descobrir a outra [a verdade ética] seria imprescindível o esforço no sentido de libertar completamente o espírito do preconceito e da paixão. Seria forçoso atingir a sinceridade absoluta. É pela capacidade de não-aceitação de muitas verdades aparentes que inúmeras conquistas se fazem. Vede bem que vos aconselho a dúvida, não o ceticismo. O ceticismo nasce da incredulidade. Não deveis ser incrédulos.É nossa obrigação conhecer.”
Vale a pena alguns comentários e observações:
- O casal deve ter essa sinceridade absoluta diante do projeto de Deus para a sua família.
- Verdades aparentes: “é melhor ter pouco para educar melhor”, “o dogma dos dois filhos”, “não é bom trazer mais crianças para sofrer neste mundo tão cruel”
- Um exemplo da dúvida sadia vemos em Nossa Senhora querendo saber: “Como se fará isso, se não conheço varão?”. Ainda há pessoas que não duvidam que podem ter mais!! Que enxergam que é possível viver, não como antigamente, mas como Deus quer!
Vamos a uma adivinhação:
“O que é, o que é que não deixa entrar?” – A contracepção.
“O que é, o que é que não deixa sair?” – O aborto.
“O que é, o que é que não deixa continuar?” – A miséria.
“O que é, o que é que não deixa terminar?” – A eutanásia.
Uma é um degrau para subir à outra. E todas ferem igualmente a vida, maior patrimônio da humanidade. Usar métodos contraceptivos já é um aborto no coração e na vontade. A vida banalizada não tem como seguir bem, nem como terminar com dignidade para que se possa dizer: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.” Por isso, insistimos na visão ampla do planejamento natural e sobrenatural da família.
Um filósofo pagão chamado, Alexandre, dizia: “Platão é muito meu amigo; mas a verdade também o é. E, entre os dois, eu escolho a verdade.” Precisamos resgatar a VERDADE do amor matrimonial, comunhão de vida. Quando se transgride com a Verdade, vive-se na mentira e quando se transgride com o amor, vive-se o hedonismo e à luxúria, quando se transgride com a vida, temos a cultura da morte.
(Notas dos assessores arquidiocesanos Ronaldo e Tatiana)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 2

I CONGRESSO NACIONAL DE PLANEJAMENTO NATURAL DA FAMÍLIA
Curtiba, 16 a 18 de outubro de 2009

2ª Conferência: “A Realidade do Planejamento Familiar Hoje e os Desafios para o Planejamento Natural da Família” (Dr. Agostinho Bertoldi)



Por que tão poucos casais usam o método natural? Muitas poderiam ser as respostas.
Primeiramente é preciso fazer a distinção histórica entre CONTROLE DA NATALIDADE e PLANEJAMENTO FAMILIAR. Enquanto o controle da natalidade tem uma conotação imposta e desumana, o planejamento failiar é uma proposta de paternidade e maternidade responsáveis.
Vemos inicialmente uma polarização de sentidos: o primeiro como um controlismo autoritário e o segundo como um liberalismo procriativo, a geração indiscriminada, totalmente controlada por Deus e independente da vontade humana. Um exemplo desse caso é uma reportagem da revista Veja de 1983, com a inscrição na capa: “Perigo da Superpopulação”.
O que dizer diante disso? Ora, o casal não é um executor passivo da ordem de procriar, mas um intérprete inteligente! No pólo, oposto, a idéia neoliberal de controle da natalidade é a de criar um mundo bom para poucos, que tenham um bom potencial de consumo, impedindo que novas vidas venham ao mundo. Esta é a ideologia incutida nos dias de hoje.
A condição da mulher e certas idéias ecológicas vêm contribuindo muito para disseminar a idéia de um número mínimo de filhos. Afirmações do tipo “Gerar é fácil. Difícil é criar!”... ou a apologia a uma família numerosa como algo perdido no passado, numa falsa idéia de “qualidade” oposta á “quantidade”. Mas podemos nos perguntar: O que é, afinal, gerar bem um filho? Aqui nos ajuda o planejamento natural da família.
No livro Minhas Esperanças para a Igreja, Bernard Häring coloca que nossos pais jamais nos pediram que os amássemos. Eles nos amaram primeiro e isso foi o suficiente para que aprendêssemos a amar. Comove a um filho saber que foi responsavelmente desejado.
Graças a Deus ainda há muitos casais que desejam ter filhos. É para eles querem algo de melhor. Isso passa por uma plena consciência do que é a sexualidade conjugal frente ao imediatismo, ao egoísmo, á busca pelo prazer desenfreado, ao materialismo e à coisificação.
Muitas vezes, é em meio a esse emaranhado de idéias confusas que chegam até nós noivos e casais... para que os indiquemos como construir caminhos e gerar vida. Se a contracepção domina o contexto atual, a Igreja tem uma proposta alternativa: o planejamento natural da família, que dá espaço ao diálogo, ao respeito e à vivência sadia da sexualidade. A procriação está subordinada ao caráter unitivo do ato conjugal, pois todo ser humano tem o direito de ser gerado num ato profundo de amor. A procriação depende da responsabilidade do casal e da generosidade em assumir a missão que Deus lhes confia. É lamentável que o egoísmo e a conveniência tenham empobrecido tanto a vivência do matrimônio.
Como começou a sistematização dessa proposta do planejamento natural da família? Um exemplo é uma audiência de Pio XII, em 1951, aos obstetras sobre o que o papa chamou de “métodos dos tempos infecundos”. Outro exemplo é a Gaudium ET Spes que resgata a sexualidade humana enquanto encontro.
A Igreja aconselha e propõe, porque uma reposta caberá à consciência dos casais. Devemos estabelecer com eles uma atitude de compreensão e acolhida, respeitando a gradualidade de cada um. Para isso, talvez precisemos mudar nossa estratégia pastoral. Muitos de dentro e de fora da Igreja só a vêem contra tudo! Precisamos mostrar do que a Igreja é a favor. A favor da comunhão entre o casal, a favor da vida, a favor do conhecimento de si e do cônjuge... A formação do casal como base para a geração dos filhos é fundamental para a paternidade e maternidade responsáveis. Temos nossa parcela nessa tarefa de ajudar a formar casais com um relacionamento saudável, amoroso, fecundo e santo.
Uma premissa é que para gerar bem é preciso antes casar bem. Afinal, os métodos de planejamento natural da família são, como a terminologia indica, apenas o método, o meio de viver a responsabilidade na geração da vida.
Vejamos alguns aspectos práticos do planejamento natural da família:
- Uma característica singular é a ativa participação dos homens.
- A Igreja precisa expandir os serviços de formação e aconselhamento para dar meios e subsidio ao casal para tomar sua decisão
- Os métodos naturais não devem ser apresentados juntamente com os outros, como se a proposta fosse uma escolha aleatória. Não gastemos tempo criticando os métodos que são contraceptivos, mas usemos bem as oportunidades para divulgar a proposta do planejamento natural da família.
- Os métodos naturais são apenas um aspecto do planejamento natura da família que engloba, na verdade, uma proposta de vida.
(Notas dos assessores arquidiocesanos Ronaldo e Tatiana)

SEMANA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR - FORMAÇÃO 1

I CONGRESSO NACIONAL DE PLANEJAMENTO NATURAL DA FAMÍLIA "Gerar a Vida com Responsabilidade"
Curtiba, 16 a 18 de outubro de 2009


Conferência de Abertura: “Gerar a Vida com Responsabilidade: Bases Antropológicas” (Prof. Dr. Valdir Reginatto)


A família, nos dias de hoje, mais do qualquer outra instituição, tem sido posta em xeque. Muitas acabam ficando confusas com relação aos seus deveres. Outras estão impedidas pela justiça de desempenharem seu papel.
Devemos pensar não apenas na vida, mas na vida eterna. Este deve ser o nosso maior tesouro. O ser humano tem a possibilidade de gerar a vida, mas não de criá-la. Não temos esse poder. É respeito ao poder hierárquico, que a nós é confiado. O homem precisa se re-posicionar como aquilo que é: criatura. Não podemos “querer ser como deuses”. Este pecado já custou o Sangue precioso de Cristo.
Nesse caminhar, estaremos indo contra a ordem divina: “Crescei e multiplicai-vos.”. É preciso crescer enquanto pessoa. Na Evangelium Vitae João Paulo II recorda como o homem é chamado a participar da vida de Deus, transcendendo o mundo material. Não tenhamos medo de crescer! O que ama verdadeiramente cresce e torna-se agente multiplicador. Toltstoi diz: “A felicidade só pode existir quando compartilhada.”
A principal conseqüência do amor é a vida. Gerada, não por mérito do homem, mas por graça divina. Deus mesmo se afirma como “aquele que é”, a plenitude do “ser”, do “viver”. Deus é o Deus da vida e dos vivos. E a vida divina é o fim para o qual cada homem foi projetado.
Não somos donos de nada e, quem não é dono, não pode fazer o quem bem entende com aquilo que lhe foi confiado. Somos portadores da vida e dela precisamos prestar contas ao seu Autor. Como cuidar desse dom gratuito que é a vida e como cuidar do processo de gerar? Os noivos são chamados a contribuir com essa missão. Cabe-nos administrar, cuidar da vida, enquanto seus portadores. Nem mesmo aos anjos, mas somente aos anjos foi dado esse magnífico direito e dever: a geração da vida e a continuação da criação.
Como sermos responsáveis por tão precioso dom? Primeiramente, entendamos que responsabilidade exige consciência e capacidade de se comprometer. Tornar um ser responsável é a principal meta educacional. Os pais são os primeiros educadores nesse sentido, até que os filhos possam chegar a um estágio de maturidade tal que possam educar-se a si mesmos.
A partir desses dois pilares da responsabilidade conscientização e capacidade. Uma conscientização com relação aos mecanismos biológicos do ciclo ovulatório da mulher parecem ter trazidos mais problemas que responsabilidades na transmissão da vida. É preciso fazer um bom uso da ciência. Não podemos desvincular o amor dos cônjuges da geração da vida.
A própria natureza favorece a paternidade e maternidade responsáveis e permite conciliar sexo e castidade conjugal, que é a base antropológica para gerar a vida com responsabilidade. Ora, o homem não é um mero animal, cegamente guiado por seus instintos. Assim, o ato conjugal é uma manifestação do amor de Deus. Na castidade conjugal não se recusa o compromisso da vida e nem se recorrem a compensações ilícitas. O domínio das paixões deve ser um sacrifício de amor.
Separar o prazer da vida é um erro de método:
Pílula – é fazer amor sem fazer filho
Inseminação – é fazer filho sem fazer amor
Pornografia – é desfazer o amor
Aborto – é desfazer o filho

Nada disso condiz com a natureza humana. A mentalidade da contracepção é bem diferente do conhecimento e bom uso dos ritmos naturais do ciclo ovulatório da mulher. Esse último gera diálogo, afetividade, respeito, comunhão, uma sexualidade sadia, enfim.
A vida é um valor maior e anterior a todos os outros valores, inclusive á liberdade. Nada mais cristão que optar sempre pela vida, mesmo em meio a situações adversas. Com as tecnologias nascem novas formas de se agredir o ser humano e justificam-se verdadeiros crimes em nome de uma cultura da “liberdade” humana. Um exemplo disso é o aborto sendo usado como regulador da natalidade.
Preocupemo-nos mais em viver a vida e menos em querer explicá-la a todo o custo. Bejnamin Franklin dizia que: “Achar que o mundo não tem um criador é achar que o dicionário é produto de uma explosão numa tipografia.”. Na ciência é preciso guardar as proporções, salvaguardando a nossa própria natureza. Sermos bons portadores da vida é o nosso desafio.

(Notas do Assessores Arquidiocesanos Ronaldo e Tatiana)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DIVULGANDO O SETOR PRÉ-MATRIMONIAL


No dia 19, segunda-feira, os assessores arquidiocesanos para o Setor Pré-Matrimonial, Ronaldo e Tatiana, estiveram no programa da Pastoral Familiar na Rádio Catedral (FM 106,7), "Conversa em Família".

Entrevistados pelo apresentador Antônio Alfredo, o casal pode falar sobre os pontos principais do último Congresso arquidiocesano, sobre a elaboração e as expectativas quanto as propostas para o trabalho no setor pré.
O casal Antônio Alfredo e Vera se colocam sempre à disposição das Pastoral Familiar para a melhor divulgação e cresimento do nosso trabalho.
O programa "Conversa em Família" vai ao ar todas as segundas-feiras, a partir das 21h10.
E para quem ficou interessado em conhecer melhor o projeto para o Setor Pré-Matrimonial ou adquirir o nosso subsídio e os demias materiais da Pastoral Familiar, entre em contato pelo e-mail pastoralfrj@gmail.com nou acompanhe na nossa agenda:
24/10 (manhã) - Paróquia Santa Rita dos Impossíveis (Ramos)
07/11 (manhã) - Ed. João Paulo II (Glória)
29/11 (tarde) - São Pedro d´Aldeia (Região dos Lagos)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MATERIAL PARA BAIXAR


Conforme as indicações do subsídio PROJETO PARA O SETOR PRÉ-MATRIMONIAL estamos começando a disponibilizar diversos arquivos com material de apoio e sugestões para o Setor Pré-Matrimonial. Basta clicar nos nomes dos arquivos na seção "download" da barra lateral e salvar o material em formas de textos, figuras e slides.
Neste primeiro momento disponiblizamos:

Para o trabalho com crianças e adolescentes:
- O mapa do tesouro - para ser usado com as crianças pequenas, decifrando a mensagem secreta, se possível com a ajuda dos pais.
- O dado do amor - pode ser impresso, recortado e montado. A proposta é que cada criança ou adolescente jogue o dado a cada manhã e viva, com seus familiares e amigos, uma das muitas faces do amor, durante todo aquele dia.

Para o trabalho com os jovens:
- Uma apresentação de slides para formação dos agentes da Pastoral Familiar que já trabalham ou estão se preparando para trabalhar com a questão do namoro. Pode ser adaptado para ser usado também com os jovens.

Para o trabalho com os noivos:
- Um modelo de ficha de inscrição para o EPVM

Em breve teremos mais material! Aguardem!

domingo, 11 de outubro de 2009

LANÇADO O PROJETO PARA O SETOR PRÉ-MATRIMONIAL


No Congresso Arquidiocesano da Pastoral Familiar, dia 10 de outubro, foi lançado o subsídio do PROJETO PARA O SETOR PRÉ-MATRIMONIAL. O livro contém considerações teóricas e sugestões práticas para ajudar as equipes a incrementarem o trabalho de forma abrangente (englobando desde o acolhimento às gestantes até os noivos) e articulada (integrada com as demais pastorais e movimentos). Ele é fruto do trabalho da Comissão de reunir as mais variadas contribuições fornecidas gentilmente pelas paróquias da Arquidiocese e coordená-las com as orientações do Magistério da Igreja, sob a guia do nosso Bispo Animador, D. Antônio Augusto Dias Duarte.

O livro poderá ser adquirido em todos os eventos e reuniões promovidos pela Pastoral Familiar e vários materiais estarão disponíveis para download na barra lateral deste link do Setor Pré-Matrimonial.

As comunidades empenhadas em fazer crescer este setor já podem começar a se estruturar para a implementação gradual do Projeto a partir de 2010, que será um ano de avaliação e experimentação.

Rezemos e nos esforcemos para que a formação das novas gerações para assumirem a vocação à vida matrimonial seja cada vez mais completa e eficaz.

domingo, 27 de setembro de 2009

O QUE É O SETOR PRÉ-MATRIMONIAL?



O SETOR PRÉ-MATRIMONIAL é o ramo da Pastoral Familiar que atua com as crianças, desde a mais tenra idade, até os noivos na celebração do matrimônio. Ele visa criar iniciativas que promovam a vocação matrimonial, para que seja vivida como uma decisão consciente. O desafio da nossa ação pastoral é, portanto, a formação integral que deve ser um processo de formação permanente e continuada que acompanhe todos os membros da família (inclusive crianças, adolescentes e jovens), nas diversas etapas e dimensões de suas vidas.
O Setor Pré-Matrimonial está dividido em três etapas de preparação:

1. Preparação Remota:
Tem seu início na infância e visa infundir autênticos valores humanos e cristãos, nos níveis pessoal e interpessoal, ou seja, formação do caráter, domínio das inclinações, socialização etc. Esta preparação pensa na constituição das futuras famílias e abrange um período bastante grande do ser humano: começa no seio da família, percorre o caminho da escola e da Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma). O Diretório da Pastoral Familiar(165), nos lembra, ainda, que a Pastoral Familiar e a catequese precisam preparar AGENTES capacitados para discutir assuntos da atualidade com crianças e adolescente à luz da fé (por exemplo, a influência dos meios de comunicação social), e MANUAIS simples claros, explícitos e corajosos para ajudar pais e professores a transmitir às crianças, adolescentes e jovens os princípios naturais e cristãos da afetividade, sexualidade, castidade e vocação. É indispensável apresentar elementos pedagógicos de excelente qualidade!

2. Preparação Próxima:
Precisa ser um caminho ou itinerário catecumenal para o sacramento do matrimônio, com uma catequese renovada, de modo que este sacramento seja celebrado e vivido com as retas disposições morais e espirituais. Como a realidade de muitas famílias já não oferece elementos convincentes para o exercício da vocação matrimonial, as paróquias passaram a exigir a participação nos Encontros de Preparação para a Vida Matrimonial. Para auxiliar sua organização o setor Vida e Família, da CNBB, lançou para todo o Brasil o Guia de Preparação para a Vida Matrimonial. Os encontros devem ser realizados até seis meses antes da data marcada para o casamento, visando um maior tempo para o casal amadurecer este passo tão importante em suas vidas.

3. Preparação Imediata:
É aquela que acontece nos últimos meses ou semanas que antecedem as núpcias. Deve ser realizada em forma de uma entrevista com o sacerdote ou o diácono. Seu conteúdo deve incluir uma profunda consciência do mistério de Cristo e da Igreja, a graça e a responsabilidade do matrimônio. Supõe que os noivos já tenham feito ou estejam para fazer o EPVM. O “Guia de Implantação da Pastoral Familiar na Paróquia” ressalta, ainda, a significativa da preparação para a celebração do matrimônio. Pode haver uma Equipe de Preparação Imediata, trabalhando em conjunto com a Equipe de Liturgia, para orientar os noivos, em primeiro lugar, com relação à natureza sacramental do ato, bem como os detalhes que o compõe (escolha das leituras, música, etc.). Esta mesma equipe poderá ser responsável, no dia do casamento, por acolher os noivos, pais e padrinhos e pela animação da cerimônia.